O processo de sanções tem sido totalmente injustificado e aleatório. A regra dos 3% de défice já foi violada mais de 100 vezes, por vários países. Se não nos manifestarmos, Portugal e Espanha serão os primeiros a sofrer por não a terem cumprido – o que, no caso Português, corresponde aos anos entre 2013 e 2015, período político representado pelo anterior Governo. Governo esse que promoveu austeridade em submissão à própria UE, que afectou pobres, jovens, desempregados, precários, reformados, imigrantes e tantos outros. As sanções a Portugal – medida fortemente apoiada pela Comissão Europeia – e decidida esta terça-feira, em Bruxelas, pelo Conselho de Ministros das Finanças da União Europeia (Ecofin), são resultado de um medo. O medo de um País que elegeu democraticamente uma maioria parlamentar contrária à austeridade. A decisão dos Britânicos em referendo (resultado de um discurso populista, xenófobo e anti-Europeu, que a extrema-direita constrói aos olhos […]