Jornalismo e segurança nos 10 anos da Academia Cidadã


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A Academia Cidadã celebra dia 15 de maio dez anos de existência e, na próxima terça-feira, às 21:30, em parceria com o “Setenta e Quatro”, conversamos online à volta da questão “vivemos no país mais seguro do mundo ou no da CMTV?”

O mote da Academia Cidadã foi lançado pelas pessoas que organizaram o Protesto da Geração à Rasca, de 12 de março de 2011, que inaugurou uma nova forma de participação cidadã na Europa, ao ser convocado nas redes sociais e sem apoios partidários ou institucionais.

Pouco mais de um ano depois, a 15 de maio de 2012, foi registada a Academia Cidadã, com o objetivo de impulsionar a cidadania ativa e a construção de raízes de desenvolvimento com princípios de sustentabilidade social, económica e ambiental.

A comemoração do aniversário acontecerá na próxima terça-feira, às 21h30, numa conversa transmitida em direto no Facebook da Academia Cidadã. A participação será aberta ao público, através deste link.

A organização da última sessão da segunda temporada de Conversas #nuncamais, que têm como objetivo desmontar argumentos falaciosos da extrema-direita, acontece em parceira com o projeto de informação digital Setenta e Quatro. Terá como convidadas Cláudia Marques Santos, jornalista freelancer, e Ana Rita Alves, antropóloga. E, a moderar, Ricardo Cabral Fernandes (jornalista do Setenta e Quatro) e João Biscaia (editor de ensaios do Setenta e Quatro).

Conversas #nuncamais é uma das atividades da campanha #nuncamais para valorizar e fortalecer a democracia, identificando e desconstruindo práticas e discursos antidemocráticos. A cada conversa lançamos uma nova pergunta, baseada num preconceito veiculado por movimentos de extrema-direita, refletimos e encontramos estratégias para desmontar discursos discriminatórios, xenófobos e simplistas. 25 de Abril sempre, fascismo #nuncamais 

Dez anos de intervenção pelos direitos humanos, pela justiça climática e pela cidadania

Desde 2012, a associação organizou muitas atividades de sensibilização, mobilização, trabalho em rede e trabalho comunitário. Envolveu 113 parceiros em todo o país, mas também na Roménia, Áustria, Espanha, Geórgia, Grécia, Hungria, Países Baixos, Alemanha, Bélgica, Reino Unido, França e Itália, entre outros. Desde projetos de intervenção social, a campanhas de comunicação e sensibilização lóbi e advocacia política, a manifestações, passando por tertúlias e formações para adultos, jovens e crianças, em escolas e não só.

O trabalho local realizou-se sobretudo em bairros de Lisboa e arredores, entre eles, dois projetos comunitários utilizando o futebol de rua, na Quinta do Cabrinha, onde está situada a nossa sede – comunidade que realojou os habitantes do antigo Casal Ventoso.

Projeto “Outros Campeonatos”

A Academia Cidadã esteve na origem da plataforma “Morar em Lisboa”, que colocou na opinião pública e no debate político a necessidade de uma política nacional e local de habitação. Desenvolveu trabalho de lóbi e de advocacia política nacional, trabalhou com dezenas de parceiros e de investigadores de várias áreas. Este projeto contribuiu decisivamente para colocar o direito à habitação e o direito à cidade na agenda da comunicação social e dos órgãos do poder levando à criação da Secretaria de Estado da Habitação e à elaboração da Lei de Bases sobre a Habitação. 

O trabalho da associação também foi muito visível na recolha de assinaturas para as Iniciativas (legislativas) de Cidadãos Europeias, tanto em torno do “direito à habitação” como contra os tratados de livre comércio (CETA e TTIP), onde foram recolhidas mais de 30 000 assinaturas em Portugal.

Um dos projetos que conseguiu atingir os seus objetivos foi a Campanha Linha Vermelha, que se propôs a tricotar e fazer crochet contra os contratos de prospeção e exploração de combustíveis fósseis em Portugal. Ao longo de quatro anos, mais de duas mil pessoas por todo o país tricotaram 1200 metros de Linha Vermelha. Hoje, está ao dispor do movimento pela justiça climática e é uma imagem de marca das manifestações pelo clima em Portugal. Esta campanha integra o movimento pela justiça climática em Portugal que conseguiu ver cancelados 15 contratos para prospeção e exploração de combustíveis fósseis no país. Esta vitória foi fundamental para mostrar que a mobilização social tem muito poder de influência nas tomadas de decisão, como acreditamos e tornamos realidade na Academia Cidadã.

São necessários meios para os próximos 10 anos

Está a decorrer uma campanha de recolha de donativos para a realização de atividades futuras da nossa missão pelos direitos humanos, pela justiça climática e pela cidadania, agora que temos disponíveis novas formas de contribuição no nosso site, como o MBway e débito direto.

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