2017


Finalmente o rio desaguou! O Centro Desportivo Nacional do Jamor situa-se na Cruz Quebrada, já muito perto do local em que o Jamor desagua no Tejo.   O leito do Jamor é cada vez mais largo, e as suas margens já não têm hortas. Mas o rio continua a apoiar a comunidade local, nomeadamente, para a prática desportiva: há atividades náuticas e regam-se campos desportivos. Para além dos desportistas, há pessoas a passear. O rio tem peixes, diversas espécies de aves e muitas plantas subaquáticas.     Depois, o rio finalmente desagua. Ali, mesmo ao lado da estação de comboios da Cruz Quebrada. Forma-se uma pequena praia, algumas pessoas aproveitam os últimos dias de calor do ano, há pescadores de cana em punho. O mar vê-se ao longe.    

Diário de Bordo I Dia 8 I Como okupar um rio


Terceiro exercício do processo de mapeamento desenvolvido pelo Outros Campeonatos no bairro Quinta do Cabrinha.   Neste exercício, quisemos conhecer as formas de expressão cultural do bairro. Como tal, foi envolvida a comunidade do Cabrinha. Cada participante devia indicar no mapa do bairro formas de expressão cultural desenvolvidas, quer individual, quer coletivamente, segundo sete categorias: artes, costumes, saberes e ofícios, crenças, instituições, objetos e edifícios. O grupo de participantes foi caracterizado através da sua idade e género. Em baixo a legenda dos símbolos utilizados.     Foram obtidas as seguintes respostas:     Análise descritiva das respostas Artes: 18 respostas As seguintes disciplinas artísticas são praticadas localmente: Artesanato/ trabalhos manuais – são referidos vários e várias habitantes com bastante habilidade para produzir este tipo de objetos, muitas vezes através do reaproveitamento de materiais, tais como, latão, madeira e afins. Música – o fado é bastante popular no Cabrinha (sobretudo entre […]

Mapeando o património cultural do Cabrinha



Segundo exercício do processo de mapeamento desenvolvido pelo Outros Campeonatos no bairro Quinta do Cabrinha.   Este exercício de mapeamento colectivo foi desenvolvido em duas fases: a primeira dentro do Cabrinha, envolvendo habitantes do bairro; a segunda, fora do Cabrinha, mas dentro da freguesia de Alcântara, envolvendo habitantes de outros bairros da freguesia. A primeira fase visou obter dados que nos permitissem conhecer de que forma os habitantes do Cabrinha utilizam os recursos urbanos que a freguesia de Alcântara e arredores disponibilizam; a segunda visou obter dados do mesmo tipo, mas relativamente a habitantes de outros bairros de Alcântara. Por um lado, quisemos comparar até que ponto a utilização dos recursos urbanos difere, entre os habitantes do Cabrinha e os restantes habitantes de Alcântara; por outro, procuramos perceber de que forma os habitantes de Alcântara vêm o bairro Quinta do Cabrinha e se utilizam os recursos que disponibiliza (e.g. campo […]

Mapeando os recursos urbanos de Alcântara


Primeiro exercício do processo de mapeamento desenvolvido pelo Outros Campeonatos no bairro Quinta do Cabrinha.   Queríamos entender quais são, para os habitantes, as zonas de conforto/ desconforto sensorial no bairro Quinta do Cabrinha. Assim, a tarefa era identificar essas zonas no mapa do bairro, utilizando oito símbolos diferentes.     Este exercício envolveu exclusivamente habitantes da Quinta do Cabrinha, e foi feito de forma individual. Eis alguns exemplos das respostas dadas:     Os resultados obtidos a partir de 52 respostas foram os seguintes:   Boca Verde/ Boca Vermelha Ao símbolo da Boca Verde os participantes atribuíram os significados de “boa comida”, “boa conversa” e “bom convívio”. À Boca Vermelha foram atribuídos significados, tais como, “pessoas a gritar das varandas dos prédios”, “discussões”, “conversa agressiva”.   Nariz Verde/ Nariz Vermelho O Nariz Verde representava para os participantes “limpeza” e “espaços verdes”. O Nariz Vermelho foi associado a “lixo”, “dejectos […]

Mapeando os sentidos no Cabrinha



Ao longo da implementação do Outros Campeonatos, enquanto pano de fundo das principais atividades do projeto, como os jogos de futebol de rua ou as visitas de turismo sustentável, foi desenvolvido um processo contínuo de mapeamento coletivo do bairro Quinta do Cabrinha.   O processo desenvolvido visou conhecer de forma simultaneamente mais ampla e profunda aspetos da realidade social do bairro. Queríamos saber como as pessoas vêm e usam o bairro Quinta do Cabrinha, as que lá moram, mas também as que vivem nas zonas circundantes; de que forma os habitantes do Cabrinha se relacionam entre si e com os espaços e recursos urbanos do bairro e arredores; também, de que forma os habitantes das zonas circundantes se relacionam com Cabrinha e têm acesso aos recursos que este disponibiliza; finalmente, o património imaterial do Cabrinha, os gostos, as vocações e os saberes dos que aí vivem, a história e as estórias […]

O Cabrinha mapeado – mapeamentos coletivos na Quinta do Cabrinha


Exposição realizada no espaço público do Cabrinha, durante a festa de encerramento do Outros Campeonatos, a 9 de setembro de 2017. Apresenta os resultados obtidos na oficina de fotografia, realizada durante a visita ao Aqueduto das Águas Livres, que o Outros Campeonatos realizou em 11 de março de 2017, envolvendo as comunidades dos bairros Quinta do Cabrinha, Liberdade e Serafina.         Depois de visitarmos os bairros da Serafina e da Liberdade, onde fomos simpaticamente recebidos pelo projeto Campolide Soma & Segue E6G, fomos todos (os do Cabrinha, os da Serafina e os da Liberdade) passear pelo mais emblemático monumento do Vale de Alcântara. Perante a magnífica vista, foram distribuídas algumas máquinas fotográficas descartáveis pelas mãos do grupo. A proposta era que, através da lente, os nossos jovens participantes pudessem conhecer e experienciar um novo ponto de vista do local onde vivem. Reparamos imediatamente que o ato de fotografar […]

Outros Campeonatos com vista sobre a cidade – exposição de fotografia



  Data: 29 de outubro de 2017 Início: 11h30 | Fim: 17h00 Local: Rua da Quinta do Cabrinha, 10 A/B, Alcântara, Lisboa   Tens boas ideias e preocupas-te com as falhas da nossa sociedade? Neste workshop vamos encontrar formas positivas de pôr em prática campanhas e projetos sociais. Na Academia Cidadã queremos dar-te as ferramentas para atuar e ajudar-te a defender a democracia, a igualdade, a inclusão e a sustentabilidade. Vem conhecer-nos e criAtivar(-te).   Inscreve-te (grátis) neste formulário, até dia 27 de outubro: https://academiacidada.org/criatividade-formulario/   E ajuda a divulgar o evento no facebook.

CriAtividade – desperta @ ativista que há em ti


Oeiras também é terra de hortas okupadas Os dias anteriores serviram-nos para seguir o curso do Jamor, sempre dentro do concelho de Sintra. Neste dia passamos para o outro lado do IC19 e chegamos a Oeiras.   O rio Jamor nasce na Serra da Carregueira, concelho de Sintra, e desagua na Cruz Quebrada, concelho de Oeiras. Percorre portanto dois concelhos, ambos da Grande Lisboa, fazendo do Jamor um rio urbano, pois nasce, corre e desagua numa área metropolitana, a de Lisboa. Esta é também uma das regiões mais povoadas de Portugal. Dona Maria, Brejo, Belas, Pendão e finalmente Queluz. Este é o percurso que o Jamor faz, e que nós visitámos, no concelho de Sintra. Neste dia entrámos no concelho de Oeiras, em plena Queluz de Baixo. Aqui, a margem direita do rio estreita-se e o terreno eleva-se abruptamente. Há apenas espaço para umas casinhas de pedra construídas em socalcos, […]

Diário de Bordo I Dia 7 I Como okupar um rio



Quando no meio da cidade irrompe o campo As hortas em Queluz são impressionantes pelo contraste que criam com os prédios em redor. Parece mesmo o campo a invadir a cidade, finalmente o triunfo da natureza.   Do passeio que está por cima da enorme planície que acompanha o Jamor, junto à estação de comboios de Queluz-Belas, veêm-se sempre muitas pessoas a trabalhar a terra. Nesse dia metemos conversa à distância com dois senhores, que, lá em baixo, regavam com uma enorme mangueira o que pareciam ser couves bebés. Queríamos saber como descer. Gritaram-nos que teríamos de ir até ao final da Avenida Miguel Bombarda e entrar por uma abertura entre dois prédios. Encontrámos a tal abertura e caminhámos por um carreiro, ao longo da margem esquerda do Jamor; vimos como o rio ali está tão limpo, com patinhos e algumas plantas subaquáticas; pudemos também ver de perto as dezenas […]

Diário de Bordo I Dia 6 I Como okupar um rio


Okupas sénior entre Belas e Queluz Às portas de Queluz aprendemos a aplicar um novo conceito: quinta okupa.   O Sr. Patrício é okupa na Quinta das Andorinhas. É uma okupação que dura há mais de 40 anos, o que faz do Sr. Patrício (e afirmamo-lo com todo o respeito) um okupa sénior. Divide o terreno, que é propriedade privada, e não do Estado, com pelo menos mais uma pessoa. Esta quinta okupa fica ali entre Belas e Queluz, sendo que não é única, nas redondezas. Podem ver-se, tanto para baixo (em direção ao rio), como para cima (em direção à serra), dezenas de outras quintas okupas, organizadas em socalcos, bem tratadas. No caso do Sr. Patrício, a Câmara Municipal de Sintra (CMS) fê-lo assinar uma declaração, na qual ele se compromete a desocupar o terreno, caso haja interesse nisso, seja por parte do dono, seja por parte do próprio […]

Diário de Bordo I Dia 5 I Como okupar um rio