O que fazemos


Em paralelo, a Linha Vermelha desfiou agulhas e linhas para “alertar e consciencializar os portugueses para a exploração do petróleo e do gás em Portugal”, explicou Catarina Gomes, responsável pela campanha nacional que recorre às artes do tricô e do croché para desenhar uma estratégia “mais leve” e “convidativa”, porque, “quando as pessoas ouvem estes assuntos, sobre o petróleo, qualquer coisa relacionada com activismo, ou coisas mais sérias, assustam-se”. Mário Lopes Pereira 29 de Julho de 2017 https://www.publico.pt/2017/07/29/fotogaleria/dizer-nao-ao-petroleo-no-alentejo-com-tinta-de-choco-375942

PÚBLICO: Dizer não ao petróleo no Alentejo com tinta de choco




À procura de uma nascente Queríamos começar pelo início, encontrar o local onde nasce o rio Jamor. Não foi fácil.   Contrariamente ao esperado, a web não informa acerca do paradeiro da nascente do Jamor. Tudo o que se lá encontra é uma vaga informação sobre como o rio nasce em Dona Maria, na Serra da Carregueira, concelho de Sintra. De câmara de filmar em punho, fomos nessa verdadeira expedição. E descobrimos o seguinte: a)      Dona Maria é uma pequeníssima aldeia nos subúrbios da Grande Lisboa, mas preserva ainda características bem rurais - pequenas quintas, um casario meio desordenado que desemboca em pequenos largos, estradas de terra batida e muitas fontes; em Dona Maria toda a gente se conhece e/ou tem grau de parentesco. b)      O rio Jamor vai ganhando diferentes nomes, dependendo do lugar por onde passa (ribeira de Belas, ribeira do Brejo, ribeira de Dona Maria, etc); nasce […]

Diário de Bordo I Dia 1 I Como okupar um rio


GANHÁMOS!   Pronto, já gritámos.   No passado sábado, tivemos a honra de ser convidados para o IX Torneio de Futebol de Rua do Bairro Padre Cruz.   A Associação Nacional de Futebol de Rua organizou um evento formidável, na recente praça de futebol de rua no coração do bairro. Foi com um enorme prazer que fomos, mais uma vez, até Carnide para conviver com os nossos parceiros; aqueles que nos ensinaram o pouco que sabemos sobre estas andanças do futebol de rua. Tudo o que aqui temos feito relacionado com o futebol de rua, a eles devemos.     Sem rodeios: saímos da Quinta do Cabrinha animados com a tarde que íamos passar a Carnide, e sem expectativas nenhumas em relação à classificação que iriamos obter no torneio. Nem sequer foi uma questão que fosse levantada por alguém (mesmo, nem o mais competitivo dos nossos jogadores falou de tal […]

O Cabrinha Campeão



Festejamos o amor pelos dois, mas não reconhecemos o amor a 3 ou a 4… Um país governado por uma geringonça tem de aceitar as geringonças do amor. Hoje, erguemo-nos como uma fénix, por todas as lutas, porque elas se entrecruzam. Mas ainda mais pelas pessoas trans, que estiveram sempre à cabeça das lutas queer, deram o corpo ao manifesto e às balas, e continuam a ser as mais discriminadas, também por esta comunidade. Por elas e por nós, hoje e sempre, não façamos silêncio e tanta gente. Porque o povo avança é na rua a gritar! O general Galvão de Melo já nos tinha avisado que o 25 de Abril não tinha sido feito para as prostitutas e homossexuais mas, pelo menos, esperávamos que os nossos livros de história, em 2017, não falassem da colonização esclavagista como se tivessem sido oceanos de amor. Queiram ou não queiram, generais ou […]

A nossa (euro)visão de um país sem discriminação! (VÍDEO) Discurso 2017 @ Marcha do Orgulho LGBT Lisboa


Este é um texto especial. O  Michele Spatari, um aprendiz de arquitectura italiano, passou de rompante pela Quinta do Cabrinha. Esteve em Lisboa até ao princípio deste mês de Junho a colaborar com o Colectivo Warehouse e achou por bem vir fotografar a Quinta do Cabrinha e as suas gentes. As palavras dele serão sempre melhores que as nossas para perceber o como e o porquê de isto ter acontecido. Ficam a entrevista e algumas das imagens que nos deixou. Olá, Michele. Podes apresentar-te? Ciao! O meu nome é Michele Spatari e sou um estudante de arquitectura italiano à procura do meu caminho no fotojornalismo, fotografia documental e nos media noticiosos em geral. Eu sei, é um caminho árduo. Nasci numa cidade de média escala italiana chamada Bolonha em 1991 e tive sorte suficiente para, durante os últimos anos, ter a oportunidade de viver em sítios como Lisboa, Beirute e […]

O que vê um fotógrafo italiano no Cabrinha?



Leonor Duarte, psicóloga e fundadora da Academia Cidadã, parte do movimento Morar em Lisboa, diz que o que se está a passar em Lisboa é “um segundo terramoto”. A diferença é que os terramotos não são premeditados e esta convulsão, na sua opinião, não foi apenas uma fúria da natureza. “Estas coisas não acontecem por acaso: há uma promoção da cidade de Lisboa como um centro para o investimento estrangeiro, querem Lisboa concorrida, cosmopolita, limpinha. Um terramoto é uma coisa destrutiva e, depois de acontecer, normalmente há uma limpeza e constrói-se de novo. É mais ou menos essa a intenção”, refere Leonor Duarte, de 45 anos, ao Observador. “Eu sou igual a qualquer arrendatário em Lisboa: vivo em Alfama, estou em perigo e estou com medo. O meu contrato pode não ser renovado, mesmo que ainda ninguém me tenha dito que é essa a intenção. Não acredito que haja alguém […]

OBSERVADOR: “Em Lisboa está tudo à espera de arrendar a casa à Madonna”


Há um ciclo que chega ao fim no Outros Campeonatos de onde emergem relações criadas, trabalho feito e o esforço conjunto da abertura do bairro a outras comunidades espalhadas pela cidade. As visitas que estavam programadas para estes primeiros meses de projecto chegam ao fim, com a presença do Campolide Soma&Segue – E6G na Quinta do Cabrinha. Há uma sensação de satisfação por tudo o que foi feito até agora dentro da comunidade da Quinta do Cabrinha. Era muito pouco provável que quem cá passou durante estes meses o tivesse feito de outra forma. É também esse o trabalho, sim, proporcionar estes encontros, mas não é a isso que sabe. É importante ver as coisas a acontecer com olhos de quem vê e o que vemos é crescimento. Crescimento que acontece no relacionamento com o outro e com a colaboração de muita gente da comunidade na organização deste evento. É […]

Outros Campeonatos Soma e Segue



Após a tendência do século XX de casas okupadas, trazemos para o século XXI uma nova necessidade: okupar rios. Ao usar modelos económicos insustentáveis, as comunidades urbanas têm perdido os seus rios como um bem comum. É urgente resgatar a relação antiga entre ambos. Como okupar um rio é uma ferramenta de aprendizagem de investigação e desenvolvimento, que visa mostrar como uma comunidade pode resgatar um rio pelo bem comum.     A relação rio-cidade é essencial para o desenvolvimento urbano. A disponibilidade de água foi sempre um dos factores decisivos para o estabelecimento definitivo das populações. Com o avanço industrial, as relações rio-cidade mudaram. Existe uma separação funcional, causada por grandes obras de correcção perpetradas nos rios urbanos, agravadas pelos fortes níveis de poluição de dos leitos e margens. Se os maiores rios são utilizados quase que exclusivamente para fins económicos, os mais pequenos, geralmente extremamente poluídos, constituem, nas […]

Como okupar um rio – introdução ao projeto


As visitas continuam e a Quinta do Cabrinha recebeu (e bem, como sempre) mais um grupo de convidados no sábado que passou. O Dá-te ao Condado, da antiga zona J de Chelas, agora Bairro do Condado, veio visitar o Outros Campeonatos e a Quinta do Cabrinha para mais um dia de actividades. O futebol de rua deu o mote para o dia, numa manhã de correria e jogatana. Fizeram-se jogos entre os dois bairros e depois toda a gente à misturada. É uma forma de criar ligações e relações, o futebol de rua. Além de nos fazer olhar para nós próprios e para os outros dentro de um grupo, jogar com pessoas que ainda não conhecemos obriga-nos a avaliar a forma como nos relacionamos.     Estas visitas de sábado seguem sempre o mesmo roteiro, e quem já leu os outros artigos sobre alguma delas, sabe que o Um Outro […]

O Condado em Alcântara