Fizemos


Um oásis dentro de uma gruta. Penso que já aqui dissemos o quão paradisíaco é o lugar onde o Sr. José Amaral tem a sua horta.   É que, à primeira vista, ninguém daria nada por aquilo: no subúrbio de Queluz de Baixo (subúrbio de subúrbio, portanto), escondido por trás de prédios de construção barata dos anos 90, praticamente por baixo da endémica IC19, perdido num vale profundo e onde o sol apenas consegue entrar de esguelha. Para lá chegar é preciso descer uma ladeira que é praticamente a pique, com muito cuidado, para não escorregar nas pedras de calcário negro, gastas pelo uso e pelo tempo. Os latidos dos cães dos casinhotos construídos nos socalcos que ladeiam a íngreme descida avisam-nos que nos aproximamos de um outro universo, de uma nova realidade: aquela em que os mamarrachos dos anos 90 deixam de se ver e o IC19 deixa de se […]

Diário de Bordo I Dia 11 I Como okupar um rio


Um dos principais objetivos do Como okupar um rio é dar voz à sociedade civil. Bem como documentar o seu envolvimento na defesa dos rios, no caso, o rio Jamor.   Mas é facto que, se as pessoas devem beneficiar do poder de gerir rios, ele é necessariamente partilhado com os órgãos de poder, local ou nacional. Foi este o motivo que nos levou a contactar as autarquias dos municípios que são banhados pelo Jamor, isto é, os de Sintra e Oeiras. Queríamos saber de que forma e com que olhos vêm aquelas entidades a okupação que aqui tem vindo a ser debatida, e que em muitos casos é realizada em terrenos públicos. Uma das mais entusiastas respostas que recebemos  foi a da União das Freguesias de Massamá e Monte Abrãao (UFMMA), do concelho de Sintra, encabeçada pelo seu presidente Pedro Brás. Desde o primeiro momento foi demonstrado grande interesse […]

Diário de Bordo I Dia 16 I Como okupar um rio



O projeto Rios Livres do GEOTA estabelece uma parceria com o projeto Como okupar um rio Na medida em que contribui com um importante conhecimento científico, bem como com uma grande experiência, na defesa dos nossos rios.   Foi durante uma pequena vaga de tempo encontrada numa agenda bastante preenchida, que a Ana e o Pedro nos receberam nas instalações do GEOTA. Pensamos em filmar a entrevista na rua, mas aquela manhã de dezembro mostrava-se demasiado chuvosa para  tal. A entrevista começou com uma apresentação do que é o Rios Livres e dos seus objetivos: o projeto surge como resposta e para questionar o Programa Nacional de Barragens, considerando-o “uma das maiores ameaças aos rios portugueses”. Assim, é missão do Rios Livres travar a construção das barragens aí previstas, bem como “provar que há outras formas menos agressivas e mais baratas de obter energia, em detrimento da produzida pelas grandes […]

Diário de Bordo I Dia 15 I Como okupar um rio


A entrevista que fizemos à Margarida e ao José do Vamos Salvar o Jamor (VSJ) foi densa nos conteúdos e elaborada na forma. A conversa, que começou na praia da Cruz Quebrada, foi-se desenrolando à medida que subíamos o Jamor, entrando no Centro Desportivo Nacional do Jamor, terminando já à entrada deste, mesmo em frente aos campos de golfe.   Um dos principais temas conversados, e aquele que também foi o primeiro, foi necessariamente o plano de pormenor da margem direita da foz do rio Jamor, na Cruz Quebrada. Este é um projeto da Câmara Municipal de Oeiras, e contra o mesmo que o VSJ tem investido a maior parte da sua energia de ação. Segundo os dois ativistas ambientais, este plano coloca em risco princípios ambientais, bem como a segurança e a mobilidade das populações locais. Mais à frente, Margarida e José também nos falaram acerca da gestão dos […]

Diário de Bordo I Dia 14 I Como okupar um rio



A Natália é a pessoa que desde o início tem estado presente neste projeto. Foi ela que, nas primeiras incursões que realizamos, pacientemente nos explicou tudo acerca de como e onde o Jamor se forma; a importância do rio para a região, no passado e hoje em dia; quais as melhores pessoas para conversar, a fim de obter mais informações sobre a história do rio. E acompanhou o projeto sempre de forma bastante próxima, através dos muitos contactos pessoais que tivemos, ou através dos meios digitais. A Natália é, sem dúvida, uma figura chave do Como okupar um rio.   Foi por isso que a entrevista que lhe fizemos naquela solarenga tarde de novembro foi tão simples de fazer, e, sobretudo, prazenteira. Com apenas algumas perguntas, conseguimos organizar num único discurso todas as informações preciosas que ela nos havia dado ao longo deste tempo todo. Para além da entrevista, ainda […]

Diário de Bordo I Dia 13 I Como okupar um rio


2017, um ano memorável em que fizemos ouvir a voz dos cidadãos e contribuímos decisivamente para colocar o direito à habitação e o direito à cidade na agenda da  comunicação social e dos órgãos  do poder levando à criação da Secretaria de Estado da Habitação e à elaboração da Lei de Bases sobre a Habitação. muito mais está por fazer pois o que o Governo e o Parlamento anunciam não dá resposta à especulação nem põe fim aos despejos. muito mais está por fazer, pois prossegue a reconfiguração da cidade, como  parque turístico e parque imobiliário. apoiámos e continuaremos a apoiar cidadãos e organizações que no terreno sustentam a luta dos moradores pelo direito à habitação e a luta  contra os despejos, com destaque para os moradores da Rua dos Lagares.   Lançámos a petição “Carta Aberta: Morar em Lisboa” e o blogue moraremlisboa.org   Encontrámo-nos com representantes eleitos e […]

O ano em que a cidadania forçou o Estado a pensar a habitação



A campanha Empregos para o Clima visa combater a precariedade laboral e climática e lutar por um mundo socialmente justo e ambientalmente são. A campanha propõe realizar esta transformação através da criação de emprego público digno e estável em setores estratégicos, para reduzir as emissões de gases de efeito de estufa na atmosfera. Verificamos que o aquecimento global causa impactos desiguais e socialmente injustos, afetando sobretudo as populações mais vulneráveis, excluídas, e precárias, e salientamos a forte recomendação, expressa no mesmo relatório, de que os governos tomem medidas concertadas e imediatas para reduzir significativamente as emissões de gases de efeito de estufa, para evitar uma subida catastrófica na temperatura global até ao fim do século. Assim sendo, e tendo em vista os claros indícios de que o aquecimento global afeta já padrões climáticos por todo o planeta, é com grande desilusão que observamos não se ter chegado ainda a um […]

A Academia Cidadã apoia a campanha Empregos para o Clima


As associações e movimentos contra a prospeção e exploração de hidrocarbonetos em Portugal exigem saber o que fará o Governo, após a emissão de pareceres negativos das Câmaras de Santiago do Cacém, Sines, Odemira, Aljezur, Vila do Bispo e Lagos contra o início de atividade do consórcio Galp/ENI. 18 de Dezembro de 2017 http://www.sulinformacao.pt/2017/12/camaras-disseram-nao-ao-petroleo-e-movimentos-querem-saber-o-que-fara-o-governo/  

SULINFORMAÇÃO: Câmaras disseram «não» ao petróleo e movimentos querem saber o que fará o Governo



Movimentos e associações que têm vindo a denunciar e a lutar contra a prospeção e exploração de hidrocarbonetos ao largo da Costa Vicentina e Sudoeste Alentejano tomaram uma posição conjunta, onde reafirmam a sua determinação em parar este processo. 20 de Novembro de 2017 http://www.sulinformacao.pt/2017/11/plano-de-trabalhos-da-galpeni-leva-ativistas-anti-petroleo-a-reafirmar-disponibilidade-para-a-luta/

SULINFORMAÇÃO: Plano de trabalhos da Galp/ENI leva ativistas anti-petróleo a reafirmar disponibilidade para a luta


O documento enviado hoje à agência Lusa é subscrito pelos movimentos Alentejo Litoral pelo Ambiente (ALA), Algarve Surf and Marine Activities Association (ASMAA), Climáximo, Coletivo Clima, Futuro Limpo, Preservar Aljezur, Stop Petróleo Vila do Bispo, Tamera, Tavira em Transição, Campanha Linha Vermelha e pela Associação Rota Vicentina. 17 DE NOVEMBRO DE 2017 https://www.dn.pt/lusa/interior/ambientalistas-dizem-que-imposicao-de-prospecao-de-petroleo-viola-principios-democraticos-8924605.html

DN: Ambientalistas dizem que “imposição” de prospeção de petróleo viola princípios democráticos