Pólos Orientadores


O projeto Rios Livres do GEOTA estabelece uma parceria com o projeto Como okupar um rio Na medida em que contribui com um importante conhecimento científico, bem como com uma grande experiência, na defesa dos nossos rios.   Foi durante uma pequena vaga de tempo encontrada numa agenda bastante preenchida, que a Ana e o Pedro nos receberam nas instalações do GEOTA. Pensamos em filmar a entrevista na rua, mas aquela manhã de dezembro mostrava-se demasiado chuvosa para  tal. A entrevista começou com uma apresentação do que é o Rios Livres e dos seus objetivos: o projeto surge como resposta e para questionar o Programa Nacional de Barragens, considerando-o “uma das maiores ameaças aos rios portugueses”. Assim, é missão do Rios Livres travar a construção das barragens aí previstas, bem como “provar que há outras formas menos agressivas e mais baratas de obter energia, em detrimento da produzida pelas grandes […]

Diário de Bordo I Dia 15 I Como okupar um rio


A entrevista que fizemos à Margarida e ao José do Vamos Salvar o Jamor (VSJ) foi densa nos conteúdos e elaborada na forma. A conversa, que começou na praia da Cruz Quebrada, foi-se desenrolando à medida que subíamos o Jamor, entrando no Centro Desportivo Nacional do Jamor, terminando já à entrada deste, mesmo em frente aos campos de golfe.   Um dos principais temas conversados, e aquele que também foi o primeiro, foi necessariamente o plano de pormenor da margem direita da foz do rio Jamor, na Cruz Quebrada. Este é um projeto da Câmara Municipal de Oeiras, e contra o mesmo que o VSJ tem investido a maior parte da sua energia de ação. Segundo os dois ativistas ambientais, este plano coloca em risco princípios ambientais, bem como a segurança e a mobilidade das populações locais. Mais à frente, Margarida e José também nos falaram acerca da gestão dos […]

Diário de Bordo I Dia 14 I Como okupar um rio



A Natália é a pessoa que desde o início tem estado presente neste projeto. Foi ela que, nas primeiras incursões que realizamos, pacientemente nos explicou tudo acerca de como e onde o Jamor se forma; a importância do rio para a região, no passado e hoje em dia; quais as melhores pessoas para conversar, a fim de obter mais informações sobre a história do rio. E acompanhou o projeto sempre de forma bastante próxima, através dos muitos contactos pessoais que tivemos, ou através dos meios digitais. A Natália é, sem dúvida, uma figura chave do Como okupar um rio.   Foi por isso que a entrevista que lhe fizemos naquela solarenga tarde de novembro foi tão simples de fazer, e, sobretudo, prazenteira. Com apenas algumas perguntas, conseguimos organizar num único discurso todas as informações preciosas que ela nos havia dado ao longo deste tempo todo. Para além da entrevista, ainda […]

Diário de Bordo I Dia 13 I Como okupar um rio


2017, um ano memorável em que fizemos ouvir a voz dos cidadãos e contribuímos decisivamente para colocar o direito à habitação e o direito à cidade na agenda da  comunicação social e dos órgãos  do poder levando à criação da Secretaria de Estado da Habitação e à elaboração da Lei de Bases sobre a Habitação. muito mais está por fazer pois o que o Governo e o Parlamento anunciam não dá resposta à especulação nem põe fim aos despejos. muito mais está por fazer, pois prossegue a reconfiguração da cidade, como  parque turístico e parque imobiliário. apoiámos e continuaremos a apoiar cidadãos e organizações que no terreno sustentam a luta dos moradores pelo direito à habitação e a luta  contra os despejos, com destaque para os moradores da Rua dos Lagares.   Lançámos a petição “Carta Aberta: Morar em Lisboa” e o blogue moraremlisboa.org   Encontrámo-nos com representantes eleitos e […]

O ano em que a cidadania forçou o Estado a pensar a habitação



A campanha Empregos para o Clima visa combater a precariedade laboral e climática e lutar por um mundo socialmente justo e ambientalmente são. A campanha propõe realizar esta transformação através da criação de emprego público digno e estável em setores estratégicos, para reduzir as emissões de gases de efeito de estufa na atmosfera. Verificamos que o aquecimento global causa impactos desiguais e socialmente injustos, afetando sobretudo as populações mais vulneráveis, excluídas, e precárias, e salientamos a forte recomendação, expressa no mesmo relatório, de que os governos tomem medidas concertadas e imediatas para reduzir significativamente as emissões de gases de efeito de estufa, para evitar uma subida catastrófica na temperatura global até ao fim do século. Assim sendo, e tendo em vista os claros indícios de que o aquecimento global afeta já padrões climáticos por todo o planeta, é com grande desilusão que observamos não se ter chegado ainda a um […]

A Academia Cidadã apoia a campanha Empregos para o Clima


Microfones e malmequeres A Luísa e o Luís conheceram-se há já muitos anos, trabalhava ele ainda na Marinha e ela limpava-lhe a casa.   Já nessa altura se davam bem e conversavam muito. Nas suas conversas havia um tema recorrente: as origens rurais da Luísa e a vontade do Luís em ter uma horta. Hoje já ele está reformado e ela arranjou outro trabalho. Mas nunca perderam o contacto. Um dia a Luísa soube que um vizinho ia largar o pedaço de terreno que okupava ao pé do Jamor, ali mesmo ao pé da estação de comboios de Queluz, e onde mantinha uma pequena horta okupa. Cheia de vontade de matar saudades de enfiar as mãos na terra, mas receando que a tarefa fosse grande demais para fazê-la sozinha, lançou o desafio ao Luís: que sempre tinha falado na vontade de ter uma horta, não queria agora aproveitar aquela oportunidade? Foi […]

Diário de Bordo I Dia 10 I Como okupar um rio



  O Grande Torneio do Outros Campeonatos foi uma grande festa. Durante toda a manhã realizou-se o torneio. Para além da equipa Outros Campeonatos – Quinta do Cabrinha, participaram mais cinco equipas de futebol de rua: Desafios E6G (Mira-Sintra), O Companheiro, Bola Prá Frente E6G (Bairro Padre Cruz), Dá-te ao Condado E6G (Chelas), Clube Desportivo Santo António de Lisboa (Quinta do Cabrinha). No intervalo pudemos assistir a uma demonstração de cinotecnia do projeto Mão Guia. Os jogos terminaram, com a entrega do primeiro lugar ao Companheiro e o prémio de fair-play ao Santo António.   KidFun – Fundação Benfica   Olimpíadas da Reciclagem   À tarde foram realizadas muitas atividades de entretenimento. A Fundação Benfica trouxe o seu projeto KidFun; os jovens do Cabrinha organizaram as Olimpíadas da Reciclagem; durante toda a tarde houve uma piscina em frente ao espaço base do Outros Campeonatos; a We Hate Tourism Tours realizou […]

O Grande Torneio do Outros Campeonatos


Foram as couves que hoje nos salvaram. Relembramos que o objetivo deste projeto é produzir uma ferramenta de aprendizagem, sobre como okupar um rio. Queremos saber como as atividades de okupação aumentam a relação sustentável entre o rio e as comunidades, económica, social e ambientalmente. O nosso caso de estudo é o Rio Jamor.   Serão desenvolvidas pelo menos 3 fases: a primeira, fazer um primeiro contacto com os okupas das margens do Jamor, recolhendo informações de caráter geral sobre esta comunidade: quem são, o que fazem, porque o fazem; a segunda, conhecer de forma mais próxima as atividades de okupação, através da realização de entrevistas e outras formas de recolha de dados participada; a terceira, sistematizar toda a informação recolhida e realizar um pequeno filme.   A primeira fase está concluída: descemos o rio Jamor e conhecemos os okupas estabelecidos ao longo das margens do rio, desde a sua […]

Diário de Bordo I Dia 9 I Como okupar um rio



Finalmente o rio desaguou! O Centro Desportivo Nacional do Jamor situa-se na Cruz Quebrada, já muito perto do local em que o Jamor desagua no Tejo.   O leito do Jamor é cada vez mais largo, e as suas margens já não têm hortas. Mas o rio continua a apoiar a comunidade local, nomeadamente, para a prática desportiva: há atividades náuticas e regam-se campos desportivos. Para além dos desportistas, há pessoas a passear. O rio tem peixes, diversas espécies de aves e muitas plantas subaquáticas.     Depois, o rio finalmente desagua. Ali, mesmo ao lado da estação de comboios da Cruz Quebrada. Forma-se uma pequena praia, algumas pessoas aproveitam os últimos dias de calor do ano, há pescadores de cana em punho. O mar vê-se ao longe.    

Diário de Bordo I Dia 8 I Como okupar um rio


Terceiro exercício do processo de mapeamento desenvolvido pelo Outros Campeonatos no bairro Quinta do Cabrinha.   Neste exercício, quisemos conhecer as formas de expressão cultural do bairro. Como tal, foi envolvida a comunidade do Cabrinha. Cada participante devia indicar no mapa do bairro formas de expressão cultural desenvolvidas, quer individual, quer coletivamente, segundo sete categorias: artes, costumes, saberes e ofícios, crenças, instituições, objetos e edifícios. O grupo de participantes foi caracterizado através da sua idade e género. Em baixo a legenda dos símbolos utilizados.     Foram obtidas as seguintes respostas:     Análise descritiva das respostas Artes: 18 respostas As seguintes disciplinas artísticas são praticadas localmente: Artesanato/ trabalhos manuais – são referidos vários e várias habitantes com bastante habilidade para produzir este tipo de objetos, muitas vezes através do reaproveitamento de materiais, tais como, latão, madeira e afins. Música – o fado é bastante popular no Cabrinha (sobretudo entre […]

Mapeando o património cultural do Cabrinha