Grupo de Ação Cultural

Objectivos :

Promover a cultura popular portuguesa e a cultura artística global como forma de reforço dos laços comunitários, de resistência e de intervenção social.

Promover o acesso e o apoio à criação e produção artística e cultural através de consultadoria, gestão de projectos, cedência de espaços, formação e apoio técnico.

Criar ligações e colaborações com instituições ligadas à cultura, tais como: estruturas de criação, estruturas de recepção, residências artísticas, escolas e universidades, e outras entidades externas, públicas e privadas, nacionais e internacionais.

Facilitar a agregação do sector da cultura e desta à comunidade


Projetos:

 


Notícias:


Joana Dias, coordenadora do Projeto Bola Colorida, da Academia Cidadã e Associação Nacional de Futebol de Rua, no programa Agora Nós da RTP. A Federação Portuguesa de Futebol atribuiu, pelo segundo ano, o prémio Futebol Para Todos. A nossa parceria de futebol cidadão foi uma das vencedoras deste ano. A reportagem e entrevista pode ser vista aqui. Mais informação sobre o projeto aqui ou no facebook. E aqui, o vídeo completo, com os 2 vencedores do Prémio “Futebol Para Todos”, incluindo o nosso projeto:

Na RTP, Bola Colorida, o nosso projeto de intervenção social local


As obras do eixo verde e azul já começaram em Sintra. Ao longo do mês de maio puderam ver-se, na encosta do Monte Abraão que desce até ao rio Jamor, máquinas da Câmara Municipal de Sintra (CMS) a trabalhar e a mover terras. Primeiro pânico, depois a questão: então e as hortas?   Uma curta caminhada ao longo do rio permitiu ver que a maior parte das hortas ainda existe, muito embora se note que algumas já foram abandonadas pelos seus hortelãos, provavelmente também assustados com as máquinas da Câmara. É incrível, como tão pouco tempo bastou para que esse abandono se traduzisse em mato desordenado e lixo – evidenciando este facto, mais uma vez, a importância das hortas para a manutenção das margens do rio.                                         Margem sem horta                                                                                     Margem com horta   Queríamos saber […]

As obras começaram: e as hortas?



Mas afinal, como podemos salvar o Jamor? Melhor do que ninguém para responder a esta pergunta são a Margarida e o José da iniciativa Vamos Salvar o Jamor.   “Vamos Salvar o Jamor surgiu como um movimento de cidadãos e residentes, pacífico e apartidário, tendo entretanto adquirido o estatuto de Organização Não Governamental de Ambiente (ONGA). O movimento tem como objetivo a retirada do Plano de Pormenor da Margem Direita da Foz do Rio Jamor e sua substituição por soluções alternativas ambientalmente adequadas, social e economicamente justas.” A explicação da sua página web, bem como as partilhas que vão fazendo nas redes sociais, fez-nos pensar na obrigatoriedade de contactar este grupo de ativistas que, nos últimos anos, têm, de forma praticamente isolada, lutado contra o Golias que é o mercado imobiliário a tentar dominar a zona da Cruz Quebrada. Numa linda manhã de inverno, agradavelmente instalados numa esplanada no Centro […]

Diário de Bordo I Dia 12 I Como okupar um rio


Um oásis dentro de uma gruta. Penso que já aqui dissemos o quão paradisíaco é o lugar onde o Sr. José Amaral tem a sua horta.   É que, à primeira vista, ninguém daria nada por aquilo: no subúrbio de Queluz de Baixo (subúrbio de subúrbio, portanto), escondido por trás de prédios de construção barata dos anos 90, praticamente por baixo da endémica IC19, perdido num vale profundo e onde o sol apenas consegue entrar de esguelha. Para lá chegar é preciso descer uma ladeira que é praticamente a pique, com muito cuidado, para não escorregar nas pedras de calcário negro, gastas pelo uso e pelo tempo. Os latidos dos cães dos casinhotos construídos nos socalcos que ladeiam a íngreme descida avisam-nos que nos aproximamos de um outro universo, de uma nova realidade: aquela em que os mamarrachos dos anos 90 deixam de se ver e o IC19 deixa de se […]

Diário de Bordo I Dia 11 I Como okupar um rio



Um dos principais objetivos do Como okupar um rio é dar voz à sociedade civil. Bem como documentar o seu envolvimento na defesa dos rios, no caso, o rio Jamor.   Mas é facto que, se as pessoas devem beneficiar do poder de gerir rios, ele é necessariamente partilhado com os órgãos de poder, local ou nacional. Foi este o motivo que nos levou a contactar as autarquias dos municípios que são banhados pelo Jamor, isto é, os de Sintra e Oeiras. Queríamos saber de que forma e com que olhos vêm aquelas entidades a okupação que aqui tem vindo a ser debatida, e que em muitos casos é realizada em terrenos públicos. Uma das mais entusiastas respostas que recebemos  foi a da União das Freguesias de Massamá e Monte Abrãao (UFMMA), do concelho de Sintra, encabeçada pelo seu presidente Pedro Brás. Desde o primeiro momento foi demonstrado grande interesse […]

Diário de Bordo I Dia 16 I Como okupar um rio


O projeto Rios Livres do GEOTA estabelece uma parceria com o projeto Como okupar um rio Na medida em que contribui com um importante conhecimento científico, bem como com uma grande experiência, na defesa dos nossos rios.   Foi durante uma pequena vaga de tempo encontrada numa agenda bastante preenchida, que a Ana e o Pedro nos receberam nas instalações do GEOTA. Pensamos em filmar a entrevista na rua, mas aquela manhã de dezembro mostrava-se demasiado chuvosa para  tal. A entrevista começou com uma apresentação do que é o Rios Livres e dos seus objetivos: o projeto surge como resposta e para questionar o Programa Nacional de Barragens, considerando-o “uma das maiores ameaças aos rios portugueses”. Assim, é missão do Rios Livres travar a construção das barragens aí previstas, bem como “provar que há outras formas menos agressivas e mais baratas de obter energia, em detrimento da produzida pelas grandes […]

Diário de Bordo I Dia 15 I Como okupar um rio



A entrevista que fizemos à Margarida e ao José do Vamos Salvar o Jamor (VSJ) foi densa nos conteúdos e elaborada na forma. A conversa, que começou na praia da Cruz Quebrada, foi-se desenrolando à medida que subíamos o Jamor, entrando no Centro Desportivo Nacional do Jamor, terminando já à entrada deste, mesmo em frente aos campos de golfe.   Um dos principais temas conversados, e aquele que também foi o primeiro, foi necessariamente o plano de pormenor da margem direita da foz do rio Jamor, na Cruz Quebrada. Este é um projeto da Câmara Municipal de Oeiras, e contra o mesmo que o VSJ tem investido a maior parte da sua energia de ação. Segundo os dois ativistas ambientais, este plano coloca em risco princípios ambientais, bem como a segurança e a mobilidade das populações locais. Mais à frente, Margarida e José também nos falaram acerca da gestão dos […]

Diário de Bordo I Dia 14 I Como okupar um rio


A Natália é a pessoa que desde o início tem estado presente neste projeto. Foi ela que, nas primeiras incursões que realizamos, pacientemente nos explicou tudo acerca de como e onde o Jamor se forma; a importância do rio para a região, no passado e hoje em dia; quais as melhores pessoas para conversar, a fim de obter mais informações sobre a história do rio. E acompanhou o projeto sempre de forma bastante próxima, através dos muitos contactos pessoais que tivemos, ou através dos meios digitais. A Natália é, sem dúvida, uma figura chave do Como okupar um rio.   Foi por isso que a entrevista que lhe fizemos naquela solarenga tarde de novembro foi tão simples de fazer, e, sobretudo, prazenteira. Com apenas algumas perguntas, conseguimos organizar num único discurso todas as informações preciosas que ela nos havia dado ao longo deste tempo todo. Para além da entrevista, ainda […]

Diário de Bordo I Dia 13 I Como okupar um rio



Microfones e malmequeres A Luísa e o Luís conheceram-se há já muitos anos, trabalhava ele ainda na Marinha e ela limpava-lhe a casa.   Já nessa altura se davam bem e conversavam muito. Nas suas conversas havia um tema recorrente: as origens rurais da Luísa e a vontade do Luís em ter uma horta. Hoje já ele está reformado e ela arranjou outro trabalho. Mas nunca perderam o contacto. Um dia a Luísa soube que um vizinho ia largar o pedaço de terreno que okupava ao pé do Jamor, ali mesmo ao pé da estação de comboios de Queluz, e onde mantinha uma pequena horta okupa. Cheia de vontade de matar saudades de enfiar as mãos na terra, mas receando que a tarefa fosse grande demais para fazê-la sozinha, lançou o desafio ao Luís: que sempre tinha falado na vontade de ter uma horta, não queria agora aproveitar aquela oportunidade? Foi […]

Diário de Bordo I Dia 10 I Como okupar um rio


Foram as couves que hoje nos salvaram. Relembramos que o objetivo deste projeto é produzir uma ferramenta de aprendizagem, sobre como okupar um rio. Queremos saber como as atividades de okupação aumentam a relação sustentável entre o rio e as comunidades, económica, social e ambientalmente. O nosso caso de estudo é o Rio Jamor.   Serão desenvolvidas pelo menos 3 fases: a primeira, fazer um primeiro contacto com os okupas das margens do Jamor, recolhendo informações de caráter geral sobre esta comunidade: quem são, o que fazem, porque o fazem; a segunda, conhecer de forma mais próxima as atividades de okupação, através da realização de entrevistas e outras formas de recolha de dados participada; a terceira, sistematizar toda a informação recolhida e realizar um pequeno filme.   A primeira fase está concluída: descemos o rio Jamor e conhecemos os okupas estabelecidos ao longo das margens do rio, desde a sua […]

Diário de Bordo I Dia 9 I Como okupar um rio