Diogo Vaz Pinto 11/03/2019 22:58 Faz oito anos que uma manifestação convocada pelo Facebook por quatro amigos em situações de desemprego e precariedade conseguiu mobilizar centenas de milhares de pessoas que ocuparam ruas e praças do país, números que não se viam desde o 25 de Abril Tão poucas ideias ou definições nos restam hoje que façam ainda tremer a rua. Foi noutro século, passaram-se algumas décadas desde que um relatório da Unesco sobre a juventude nos oferecia como palavras-chave termos como contestação, transgressão, contracultura, contrapoder… Na verdade, parece que tudo isso foi há tanto tempo que as memórias da década de 60 do século passado adquirem hoje o prestígio dos mitos. Como António Guerreiro notava há alguns anos, “hoje, já nem é preciso relatórios para conhecermos as palavras que descrevem a situação dos jovens: desemprego, precariedade, pragmatismo, sobrevivência. Da época em que a juventude teve uma grandiosa significação cultural […]